Polícia Civil investiga chacina que deixou três mortos em Embu-Guaçu
Chacina deixou três mortos e dois feridos na noite da última segunda-feira (29)
A Polícia Civil de Embu-Guaçu procura por uma suspeita de 41 anos que teria matado e ateado fogo no corpo do próprio pai, de 65 anos
Gazeta de S. Paulo
A Polícia Civil está investigando a chacina que deixou três mortos e dois feridos na noite da última segunda-feira (29) em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. De acordo com as testemunhas, os atiradores se identificaram como “policiais”. “Os caras estavam a fim de matar todo mundo”, disse um dos sobreviventes.
O crime aconteceu na rua da única delegacia da cidade. Segundo testemunhas, dois homens armados se aproximaram do grupo de oito pessoas e atiraram. “O menino desafiou ele. Falou ‘não, que polícia o c*’, falando desse jeito, né? Aí foi na hora que ele começou a disparar pra cima de todo mundo”, revelou o sobrevivente ao “G1”.
O estudante Edilson da Silva Rosa, de 21 anos, foi morto com um tiro na cabeça. Os outros dois mortos são os irmãos Vinicius Fernando Correia Inocêncio, 20 anos, e Ricardo Davi Correia Inocêncio, de 17. Outros três ficaram feridos.
“Só deu tempo dos meninos correrem. Eu corri lá para cima, para o campo, outros correram lá pra cima”, contou o sobrevivente.
A mãe dos irmãos quer justiça. “Alguém tem que pagar pelo que fez. Ninguém sabe o porquê fez. Ninguém sabe”, alegou a mulher. “Quem vai saber quem são esses loucos que saíram atirando a torto e a direito em todo mundo”, completou a mãe.
Registro.
O caso foi registrado na delegacia que fica cerca de 800 metros de distância do local da chacina. Segundo o boletim de ocorrência, dois homens armados chegaram a pé e atiraram num grupo de oito pessoas que estava conversando perto de uma fogueira, por volta das 23h30, na rua Pedro de Moraes, Centro de Embu-Guaçu.
Testemunhas revelaram aos policiais que um dos atiradores tinha cerca de 1,75 m, barba clara, cabelos enrolados e curtos. Já o outro era magro, 1,80 m, cabelos lisos e tinha bigode.
A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso é investigado pela Delegacia de Embu-Guaçu, com apoio do Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa de Taboão da Serra.
“Até o momento, não há indícios de participação de policiais na ação”, revelou a nota da SSP.