Polícia Civil investiga se há outras vítimas em caso de pedofilia em Taboão da Serra
O delegado Ronald Nascimento que comanda as investigações do caso de pedofilia em portas de escola em Taboão da Serra
Eduardo Toledo, especial para O Portal O Taboanense
As investigações sobre um crime de pedofilia continuam em curso na 1ª delegacia de Taboão da Serra. O delegado Dr. Ronald Nascimento acredita que a dupla, presa desde o último dia 29, pode ter feito outras vítimas.
A dupla abordava crianças e adolescente em um Prisma prata com o capô preto e ofereciam lanches em restaurantes de fast food, fazendo com que as meninas entrassem no carro. “Trabalhamos com essa hipótese, que outras crianças e adolescentes tenham sido abordadas”, disse o delegado.
A Polícia Civil chegou até os dois acusados após eles terem ameaçado uma criança na porta de uma escola em Taboão da Serra. No dia seguinte, o pai da menina reconheceu o carro e foi tomar satisfação com os dois ocupantes e houve uma grande discussão. Uma viatura da GCM passava pelo local e acabou intervindo, levando todos os envolvidos para a delegacia.
“Quando ouvimos a história percebemos que havia algo de estranho, começamos a explorar o assunto, até que descobrimos que esses dois indivíduos teriam colocado no carro, em outro dia, duas meninas de 13 e 14 anos, que teriam entrado no carro após eles oferecerem lanches para elas”, disse Dr. Ronald Nascimento.
No decorrer das investigações, a polícia descobriu que outra menina, de 11 anos, também esteve no veículo. “Segundo o relato das vítimas a intenção era clara, de ter contato íntimos com elas. Havia uma proposta de levá-las para uma residência. Eles ainda teriam feito contato com um terceiro homem, para que ele tivesse uma relação com essa outra menina [de 11 anos]”, relata o delegado.
No carro, com as três meninas, a dupla teria se assustado com a reação de uma das garotas, que pediu para descer do veículo. “Porém no decorrer dessa conversa, já no carro, uma das meninas demonstrou interesse em sair do carro e causou um temor por parte dos investigados, que liberaram a menina e o que eles haviam planejado desandou e não veio a se consumar”.
Segundo Dr. Ronald, o caso é tratado como de estupro de vulneráveis “que não se consumou por ter acontecido algo alheio à vontade dos investigados”, disse. Ainda de acordo com o delegado, os dois estão “presos temporariamente por 30 dias, por ser um crime hediondo. Nós estamos investigando, buscando outras informações e outras vítimas”, completou.