Polícia Civil registra ameaça de ataque em escola de Itapecerica da Serra
O secretário da Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite
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A Polícia Civil registrou, no período de segunda (27) e terça-feira (28), sete boletins de ocorrência envolvendo planos de adolescentes em relação a ataques em ambiente escolar. A suspeita é de que a ampla divulgação de imagens do ataque ocorrido na escola da Vila Sonia, em São Paulo, no qual uma professora morreu e cinco pessoas ficaram feridas, esteja motivando esses adolescentes.
Em Itapecerica da Serra, uma mãe relatou que o filho foi ameaçado por outro estudante em uma escola. O adolescente teria feito promessas de um ataque similar ao da Vila Sônia. A Secretaria de Segurança Pública não divulgou o nome da escola onde a ocorrência foi registrada. Ninguém ficou ferido.
As ocorrências são da área do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo). São relativos ao crime de ameaça e apreensões de objetos, como facas e simulacros de armas de fogo.
Em São Paulo, um adolescente do 9º ano do Ensino Fundamental foi armado ao colégio. A ocorrência chegou à polícia via Disque Denúncia.
Em outra ocorrência, policiais militares foram informados de que um aluno estava próximo da escola com uma arma. Ele foi encontrado com amigos e todos foram indagados sobre a arma. Um deles disse que a arma estava com ele e em seguida exibiu um simulacro.
Em Santo André, um aluno ameaçou a professora durante a aula dizendo que os professores deveriam ser esfaqueados, como o caso da professora da Escola da Vila Sônia, e que ele faria o mesmo no próximo dia.
Já em São Bernardo do Campo, policiais militares foram informados pela vice-diretora da escola de que havia um aluno portando pequeno punhal em sala de aula e então abordaram o aluno. Ele disse tê-lo levado para mostrar aos colegas, sem ter ameaçado ninguém, mas relatou que vinha sofrendo ofensas homofóbicas e adquirira o punhal para se sentir mais seguro.
Em Santo André, o coordenador de uma escola não autorizou entrada de um aluno pelo fato de outros alunos terem dito que ele estaria armado e que dias antes havia brigado com outro colega e dito que iria matá-lo. Foi constatado que a arma se trata de um simulacro.
O sexto registro foi em Santo André, onde uma criança de 11 anos estava portando um simulacro de arma de fogo no interior da escola.
Diante desses registros, o secretário da Segurança Pública reforça o pedido para que o compartilhamento e publicações de imagens do ataque na escola da Vila Sônia cessem. “Nós estamos trabalhando para identificar e coibir possíveis casos, porque esse é o papel do Estado. Entretanto, peço que cada um reveja a sua responsabilidade enquanto sociedade. Que a imprensa não reproduza exaustivamente as imagens das agressões e que a população não compartilhe em redes sociais. O efeito contágio é uma realidade e está demonstrando na prática o que acontece quando um caso é divulgado exaustivamente dessa maneira”, reforça Derrite.
Em depoimento, o menor que matou a professora e feriu outras cinco pessoas afirmou que se pautava nos exemplos midiáticos para planejar a ação.
Da Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública