Prefeito de Embu das Artes se manifesta sobre o ocorrido com Luan na UPA Santo Eduardo
Ney Santos, prefeito de Embu das Artes, usou as redes sociais para prestar solidariedade à família do Luan, garoto de 11 anos que foi a óbito após receber, por duas vezes, diagnóstico errado na UPA Santo Eduardo, no sábado, dia 21 de agosto.
Santos foi a público ao lado da secretária de Saúde, dra. Thais, além de prestar solidariedade, o político disse que iria “esclarecer alguns pontos para que não haja dúvidas”. O nosso compromisso é com a nossa população”.
O gestor relatou que a saúde de Embu das Artes é terceirizada, que a empresa contratada pela Prefeitura é a responsável pela contratação dos “médicos para dar plantões em nossas unidades”.
“O Luan passou mal semana passada, teve uma passagem pela UPA do Santo Eduardo, a família conta que houve negligência médica. No mesmo momento tomamos conhecimento de tudo o que aconteceu, imediatamente pedi para afastar os três médicos envolvidos nesse caso. Abrimos um processo administrativo, onde o conselho de ética de médicos da nossa cidade tem cinco dias para nos dar um relatório”, declarou Santos.
Ney Santos esclareceu que a administração enviaria um relatório ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), “para que todas as providências sejam tomadas”. Ele esteve na casa da família do Luan e orientou a família a registrar um boletim de ocorrência.
Veja a nota do prefeito Ney Santos na íntegra
Olá amigos!
Junto com a doutora Thais (Secretária de Saúde), viemos publicamente prestar solidariedade à família do menino Luan.
E obviamente já esclarecer alguns pontos para que não haja dúvidas: O nosso compromisso é com a nossa população.
Todos vocês sabem que a saúde de Embu das Artes é terceirizada, ou seja, a prefeitura contrata uma empresa e essa empresa contrata os médicos para dar plantões em nossas unidades.
O Luan passou mal semana passada, teve uma passagem pela UPA do Santo Eduardo, a família conta que houve negligência médica.
No mesmo momento tomamos conhecimento de tudo o que aconteceu, imediatamente pedi para afastar os três médicos envolvidos nesse caso. Abrimos um processo administrativo, onde o conselho de ética de médicos da nossa cidade tem cinco dias para nos dar um relatório.
Enviaremos este relatório para o CREMESP (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) para que todas as providências sejam tomadas.
Na segunda-feira, um dia depois do acontecido, amanheci na casa dos pais junto com a Vanessa (Secretária Adjunta) e toda a equipe da saúde, onde eu mesmo pedi para que a família fosse a delegacia fazer um boletim de ocorrência, para que este caso seja investigado não só administrativamente como também criminalmente.
Porque eu entendo não só como Prefeito, mas como Pai: Todos os médicos que dão plantão nestas unidades, têm por obrigação fazer um bom trabalho.
Já fui processado uma vez por fiscalizar de uma forma mais radical, mas não tem problema, posso ser processado quinhentas vezes, mas o meu papel eu vou fazer: Que é melhorar a saúde da nossa cidade e punir quem tiver que punir.
Quando os médicos vêm para nossa cidade, não vêm de graça, eles recebem pelo trabalho. Por essa razão tem a obrigação de tratar os nossos munícipes com amor, carinho e dedicação. Toda a estrutura que é oferecida pela Prefeitura, dá condição a eles para desempenharem seu trabalho, mas infelizmente “ficamos na mão deles, dependemos deles” e por conta disso a nossa fiscalização tem sido radical, a ponto de tirar médicos do plantão e mandar embora. E dessa forma, vamos continuar.
Então, viemos publicamente, mais uma vez, nos solidarizar com a família. Estamos dando todo suporte psicológico, a família tem outros filhos e estamos dando todo o acompanhamento.
Não tenho dúvidas que esse caso será esclarecido e será um exemplo não só para esses médicos, mas para todos os médicos que assim tiverem conhecimento.
Deus abençoe toda a família. Estamos juntos, pode contar com a gente!