Prefeitura de Taboão da Serra prega cautela e não descarta suspeita de morador infectado com coronavírus
A secretaria estadual de saúde retirou o caso suspeito de coronavírus em Taboão da Serra da lista de alertas em sua página. Mas, segundo a prefeitura, é necessário cautela, uma vez que o município não foi notificado. Segundo informações, no sistema consta que os exames realizados no morador de 30 anos, que estava na Itália, ainda está em processamento no Instituto Adolfo Lutz.
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Oficialmente a secretaria estadual de saúde descartou 10 casos notificados neste sábado, dia 29, após análise laboratorial com resultado negativo do Instituto Adolfo Lutz. Desse total, 8 tinham sido notificados na Capital, 1 em Lorena e 1 em Bauru, ambas no interior de São Paulo. O caso registrado em Taboão da Serra segue em análise.
Segundo apurou o Portal O Taboanense, o morador de Taboão da Serra segue em isolamento em sua casa até a confirmação dos exames. A assessoria de imprensa da prefeitura informou que “até o momento nós não temos informação oficial do Instituto Adolfo Lutz” sobre o caso ter sido ou não descartado.
O Governo do Estado criou um site específico para orientar a população sobre o tema e enfrentar a disseminação de fake news: www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus. Nele, é possível encontrar explicações gerais e materiais para download, incluindo um Guia de Prevenção e uma relação de dúvidas frequentes, além de cartazes, vídeos e áudios de entrevistas com especialistas.
Entenda o caso
A prefeitura de Taboão da Serra informou na manhã de quinta-feira, dia 27, que o município registrou um dia antes o primeiro caso suspeito de coronavírus. Em um comunicado oficial, a prefeitura de Taboão da Serra, por meio da Secretaria de Saúde, informa que “o atendimento na noite do dia 26/02/2020 do primeiro caso suspeito de infecção pelo coronavírus no município”.
De acordo com a prefeitura, “trata-se de um homem de 30 anos, que chegou de Milão na noite do dia 25/02/2020 e que iniciou sintomas gripais na data de hoje”. A Secretaria de Saúde de Taboão da Serra, por meio da Vigilância Epidemiológica, seguiu os protocolos definidos pelo Ministério de Saúde, e aguarda exames para outras providências.
A secretária de saúde de Taboão da Serra, Dra. Raquel Zaicaner, afirmou durante entrevista coletiva com a imprensa regional que não há motivo para pânico após o primeiro caso suspeito de coronavírus em Taboão da Serra ter sido comunicado. Segunda ela, o exame que dirá se o paciente está infectado ou não sairá em três dias.
Zaicaner disse que o paciente com suspeita de infecção pelo coronavírus, um homem de 30 anos, chegou na terça-feira, dia 25, de uma viagem que fez ao norte da Itália. Ao chegar a sua casa, em Taboão da Serra, apresentou sintomas como coriza e dor de garganta, mas não teve nenhum pico de febre. “Ele ligou para nossa unidade, explicou a situação e em seguida passou pela nossa equipe”.
A secretária afirmou também que o paciente está em casa, em observação e que ele mora sozinho, por isso a possibilidade contágio de outras pessoas é pequeno. A saúde do paciente está sendo monitorado através de vários telefonemas diários. Até o resultado do exame, o protocolo será mantido e ele deverá ficar em quarentena, isolado por 14 dias.
Para a médica, a prefeitura agiu de forma correta, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde. “Ele não tem um sintoma importantíssimo que seria a febre. Estamos lidando com caso com o máximo de zelo, uma vez que ele estava em Milão, onde já foram relatados vários casos. E eu não posso menosprezar uma autodeclaração, afinal ele procurou a nossa unidade relatando os sintomas e o local em que estava”, disse Zaicaner.
“Os exames clínicos e laboratoriais dele estão muito bons. Ele está bem, é um quadro bem leve e foi colhido o exame SWAD, que é coletado por vias aéreas, e já foi enviado para o Instituto Adolfo Lutz. Ele é uma pessoa bem orientada e é possível fazer essa vigilância domiciliar. Mas qualquer mudança clínica, nós mudamos a conduta”.
A secretária diz que não há motivo para pânico. “As pessoas não precisam sair de máscara, não deixar os filhos irem para a escola, faltar no trabalho. Hoje temos um caso confirmado no Brasil, se isso mudar, claro, que aí a conduta vai mudando. Mas não existe motivo para pânico, de forma alguma”.