Prefeitura intensifica processo para a municipalização da rodovia Régis Bittencourt
O processo de municipalização do trecho da rodovia Régis Bittencourt, que corta Taboão da Serra, do km 268,9 até a divisa com Embu das Artes, no km 275,4 deve ser concretizado muito em breve. O prefeito Aprígio confirmou ao Portal O Taboanense que a prefeitura trabalha com esse foco e aguarda apenas questões burocráticas para a concretização do projeto.
A municipalização do trecho é um projeto que se arrasta durante diversas administrações. Na prática, a prefeitura Taboão da Serra passará a ser responsável pelo trecho, podendo fazer diversas intervenções, como passagens em nível, ligando os dois lados do município, criando novas vias e opções para os motoristas.
A prefeitura ainda não apresentou publicamente o projeto, mas criou, em março deste ano, um Grupo de Trabalho Intersecretrial para a municipalização. O estudo e planejamento deviam ser entregues no começo de junho mostrando a viabilidade do projeto. Segundo apurou a reportagem, a administração planeja pelo menos seis ligações entre bairros que hoje não se comunicam.
Segundo o secretário de transporte e mobilidade urbana, José Vanderlei dos Santos, a prefeitura trabalha com esse projeto e acredita que a municipalização irá melhorar o tráfego em Taboão da Serra. “O prefeito Aprígio sempre trabalhou com essa proposta, existem estudos avançados e esperamos poder oferecer melhorias para o viário de nossa cidade em breve”.
Além das passagens de nível, com a municipalização a prefeitura de Taboão da Serra poderá mudar o tempo de cada semáforo, ampliar vias e construir canteiros e outras melhorias para o trecho considerado 100% urbanizado, uma realidade diferente do restante da rodovia. A confiança na concretização do projeto é tão grande que alguns agentes de trânsito já fazem cursos específicos para operar em rodovias.
Atualmente a Régis Bittencourt é administrada pela Arteris, uma concessionária que cuida da manutenção da pista, do socorro em casos de acidentes e de investimentos em melhorias no trecho que vai de Taboão da Serra até Curitiba, no Paraná. Para isso a empresa explora seis praças de pedágio.
Um dos entraves para a municipalização passa exatamente pela concessionária. Na assinatura do contrato, com o Governo Federal, uma série de melhorias foram acordadas, mas ainda não saíram do papel. A duplicação do viaduto da avenida Paulo Ayres, além da construção das marginais, são dois exemplos disso.
Em dezembro do ano passado, antes de assumir a prefeitura, o atual secretário de fazenda, Antônio Rodrigues, escreveu um artigo no Portal O Taboanense onde deixou claro o desejo do novo governo em municipalizar a rodovia.
“Às vésperas do início de um novo ciclo da gestão pública municipal em Taboão da Serra, em que pese as dificuldades excepcionais criadas pela pandemia, acreditamos que é papel na nova gestão apresentar projetos e desafios que possam fazer a população taboanense voltar a crer que o Estado, personificado no poder local, pode e deve ser indutor e parceiro da sociedade na criação de oportunidades de desenvolvimento humano nas suas diversas perspectivas. Precisamos voltar a acreditar que a política e a gestão pública podem oferecer mais e melhor em troca dos tributos arrecadados”.
Em outro trecho, o secretário destacou: “Nesta linha de pensamento, dentre os projetos apresentados no Plano de Governo do Prefeito Eleito Aprígio, destacamos o compromisso de “viabilizar junto à ANTT, DNIT e Concessionária da BR-116as obras de transposição da rodovia e a implantação de trechos de marginais previstas através do Plano de Exploração da Rodovia por meio da atualização dos estudos já apresentados pela Prefeitura”.
Finalizando, Rodrigues apontou que a municipalização trará desenvolvimento para Taboão da Serra. “Trata-se de um projeto de governo que tem potencial de impactar significativa e positivamente a vida dos moradores, trabalhadores e empresários de Taboão da Serra e região, podendo ser considerado o embrião de um projeto maior: a municipalização do trecho da BR-116 em nosso Município”.