Primor é bi-campeão do torneio master/45 de Taboão da Serra
Marcos Pezão
A domingueira esportiva teve um sabor especial. A decisão do 3º Campeonato Municipal de Masters/45 aconteceu no palco maior de Taboão da Serra. O estádio vereador José Feres recebeu bom público e no gramado a bola rolou empolgante. Fechando com chave de ouro mais este evento promovido pela Secretaria de Esportes, tendo como organizadores o Prof. Said, Melão e Oscar Ferreira.
Em 2 meses de disputas ocorreram 67 partidas, atingindo a marca de 165 gols. O artilheiro mor é o centro avante Gilmar Viviane, do Guaianã, com 7 tentos. O goleiro Grilo do CCP é o menos vazado; somou 4 pombos.
Na disputa do troféu de 3º colocado, o Alvi-Verde conseguiu suplantar o campeão de 2002, Grêmio Pq Pinheiros. Na 1ª etapa, em confronto franco e aberto, as oportunidades de gols aconteceram de ambos os lados. Entre elas, o meia Vado, livre de marcação, recebeu um cruzamento perfeito de Paulé. Armou o sem-pulo, mas, displicente no arremate, pegou mal na redonda.
Por sua vez, o Grêmio investiu com o atacante Robson que, por cobertura, erra feio o alvo. Depois, em jogada de Pelé, a bola cruza toda a extensão da linha de gol e nos pés de Robson a chance escapa no vacilo. Não deu com os pés, saiu de barriga. O ala Luis Carlos limpa o lance batendo cruzado, e, eis que aparece o abdômen goleador de Robson, desviando a bola pro fundo do gol, 1 a 0, Grêmio.
No segundo tempo, Vado acerta o rebote e o verde iguala, 1 a 1. De novo, o Grêmio pressiona. E, José Carlos, de cabeça, fatura, 2 a 1. A resposta veio breve. Paulé no ataque cruza para Toninho cabecear, 2 a 2. Empolgado, Tetê invade a área e é derrubado. Pênalti convertido por Paulé, 3 a 2. Esbanjando fôlego, Paulé recebe em profundidade e bate forte para definir a virada de 4 a 2, Alvi-Verde, para delírio dos técnicos Bóia e Lucindo.
Primor mostra garra de vencedor
Perfilados jogadores, dirigentes e os convidados. Prefeito Fernando Fernandes, os vereadores Paulo Felix e Ismael Macedo. O colorido da torcida e um montão de amigos prestigiaram com o coração calado, a voz do hino nacional brasileiro executado pela orquestra filarmônica do Pedrão do Som.
O trio Dondon, Donizetti e Luizinho comandaram a arbitragem. O juiz Dondon tem uma vantagem. Se ele errar, erra em cima do lance. Está na maioria das vezes bem posicionado e, portanto, em melhor condição de julgar o momento e lugar da infração. Foi assim no lance de falta que originou a abertura do placar. Evandro invade pela esquerda e é derrubado. Dentro, na risca, ou fora da área? O Bekão gritou: “É dentro!” O Camarão berrou: “É fora!” Ele não deu a penalidade máxima. Mas foi como se fosse. Gardina, de pé direito, bateu com primazia. No alto e direto, rumo a rede. O goleiro Grilo voou, mas não conseguiu evitar o primeiro gol.
O CCP quis dar o troco e partiu pro ataque. Kutum, de posse da bola, avança driblando e sofre o choque com o zagueiro, próximo à pequena área. Foi ou não pênalti? O Alex gritou: “Foi pênalti!” O Zagalo respondeu: “Não foi!” O árbitro Dondon falou: “Vamos jogar, senhor!” Sentindo o calor e as dimensões do gramado, a bola passou a girar de pé em pé. E, já, no final da 1ª etapa, a torcida do Primor ensaiou o pedido de olé.
Logo, aos 5 minutos do 2º tempo, houve uma falta do lado direito do campo. O meia Zé Roberto se posicionou e de canhota mandou a bomba. A pelota viajou formando a curva de efeito interno. O goleiro Julio arriscou o golpe de vista e acabou traído. Ante seu olhar, a bola quicou no chão antes de resvalar na trave e invadir a rede. O registro de 1 a 1animou os martiniquenses que passaram a ter o domínio territorial.
O Primor colocou o coração na ponta da chuteira para defender o patrimônio e fez com o que o CCP tocasse de lado, criando poucas situações de real perigo. Uma com Ratinho, que, após linda matada no peito não acertou o golpe perfeito. Ou, Zé Roberto, importunando em outra cobrança de falta.
Parecia que o encontro ia se prolongar na prorrogação. Porém, o futebol possui invisível magia que a todos surpreende, sempre. O técnico Bekão, sentindo que o gás do seu time estava rarefeito, chamou o atacante Rubinho. Era o oxigênio que restava. Do banco de reservas para glória. Não por ter feito o gol da vitória. E, sim, por tecer com maestria e servir com humildade. Ele, canhoto, do lado direito do ataque, quase na linha de fundo, teve a lucidez do momento. Ganhou o lance, ajeitou o couro e lançou de biquinho, sutilmente, cobrindo o goleiro Grilo. O realce do gol fica pelo encontro da bola e a cabeça do meia Gerson. Que, premeditando a cena, se infiltrou nas costas dos zagueiros para somente complementar o cabeceio ao limite da malha. Primordial, 2 a 1.
Claro, que, levar o resultado favorável até o apito solitário, não foi tarefa simples. Os vovôteranos do Primor mostraram fibra e determinação. Devolveram a derrota por 2 a 0, na fase de classificação, e, agora, com gosto apimentado. Vencer o vice-campeão CCP/Martinica valoriza qualquer título. A copa valendo o bicampeonato de Masters 45 está na sede de quem fez por merecer. Jogaram com serenidade. Venceram por 2 a 1 e, no Morro dos Mineiros, fizeram a festa de campeões. Parabéns Primor!
Conheça os elencos dos quatro finalistas
Primor
Julio, Carlão, Carioca, Mané Cabeça, Luciano, Sinval, Wilson, Gardina, Calil, Gerson, Evandro, Rubinho, Lula, Novaes, Campeão, Luis, Paulé, Ripão, Cafu, Geraldinho, Jair, Zé Eduardo, Luis Antonio, Ripão e Zagalo. Comissão Técnica – Bekão, Luis e Uga
CCP/Martinica
Grilo, Neguiça, Luizão, Rubinho, Bahia, Zé Roberto, Táta, Altivo, Jovelino, Eatinho,Victor Hugo, Cipó, Coalhada, Robson, Kutum, Lau, Tigrão, Tóia, ½ Quilo, Bé e Cafu. Comissão Técnica – Camarão, Chiquinho e Alex
SE Alvi-Verde
Jorge, Quintela, Tiguês, Toninho, Tetê, Serginho, Betinho, Lalau, Tchunai, Paulé, Vado, Tchula, Cido, Januário e Armando. Comissão Técnica – Bóia, Lucindo e Jarrão.
Grêmio Parque Pinheiros
Divino, Pivete, Mongol, Luis Carlos, Zequinha, Ksuco, Tuta, Reinaldo, Pelé, Robson, Reginaldo, Ricardo, Rubinho, Julio e Jorge. Comissão Técnica – Lua, Magrão e Edmilson
Confira as campanhas e a colocação de cada time finalista
Campeão – Primor
8 jogos – 6 vitórias – 1 empate – 1 derrota – Gols Pró: 20 – Gols Contra: 5
Vice-campeão – CCP/Martinica
8 jogos – 5 vitórias – 2 empates – 1 derrota Gols pró: 13 – Gols Contra: 4
3º colocado – SE Alvi-Verde
8 jogos – 3 vitórias – 3 empates – 2 derrotas Gols Pró: 10 – Gols Contra: 6
4º colocado – Grêmio Pq Pinheiros
8 jogos – 5 vitórias – 1 empate – 2 derrotas Gols Pró: 10 – Gols Contra: 8