Projeto do vereador Onishi quer acabar com trotes para serviços de emergência
Os trotes para serviços de emergência da Polícia Militar (190), Corpo de Bombeiros (193), SAMU – Serviço de Atendimento Médico de Urgência (192) e GCM – Guarda Civil Municipal – (153) são um problema grave, que pode impedir ou atrasar o atendimento de uma situação de emergência real.
Sem saber quando está diante de um trote os atendentes desses serviços acabam tendo que fazer vários questionamentos para identificar se há a necessidade de atendimento. Para se ter uma ideia da gravidade do problema no mês de agosto o SAMU de Taboão recebeu 3.086 ligações das quais 1.000 eram trotes.
Para inibir essa prática criminosa, o vereador Ronaldo Onishi aprovou Projeto de Lei 84/2013, que institui campanha contra os trotes telefônicos nos serviços públicos de atendimento de emergência em Taboão da Serra. Agora, o projeto segue para sanção do prefeito.
A prática do trote é uma triste realidade que congestiona os chamados emergenciais. O trote telefônico é crime, descrito no Art. 266 do Código Penal. “Interromper ou perturbar o serviço telefônico” é crime e o infrator poderá incorrer em pena de detenção de um a seis meses ou multa; e o presente artigo se enquadra em qualquer caso e vítima.
“A população é a mais afetada por essa brincadeira irresponsável. A viatura despachada para atender uma ocorrência inexistente pode deixar sem atendimento quem realmente precisa. É uma brincadeira que pode custar a vida das pessoas”, explicou o vereador Ronaldo Onishi.
Ele lembrou que a grande maioria dos trotes é feito a partir de telefones públicos por crianças e adolescentes, o que demonstra a necessidade de uma campanha de orientação e esclarecimento para coibir a prática.
“As estatísticas dos serviços de emergência mostram que os trotes representam entre 20 a 25% do total de chamadas recebidas. Isso deixa evidente que se perde muito tempo atendendo trotes. Sem contar as inúmeras vezes que as equipes são enviadas para prestar atendimento e quando chegam ao local não encontram nada”, observa.