Rebeca Motta, de Taboão da Serra, vence o prêmio melhores jornalistas negros e negras do Brasil
Jornalista e moradora do Jd. Salete foi premiada ao lado de grandes nomes do telejornalismo
Na noite desta segunda-feira, 13, aconteceu no Unibes Cultural, localizado na Zona Oeste da capital paulista, a primeira edição do Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira. Com realização das agências Jornalistas&Cia, Neo Mondo, 1 Papo Reto e Rede JP pela diversidade na comunicação, o evento celebrou e reconheceu o trabalho de 52 profissionais, escolhidos via voto popular por se destacarem na cobertura de pautas raciais e antirracistas.
Entre os mais de cinquenta profissionais premiados está a jornalista Rebeca Motta, 30 anos, mãe da Aretha Leonora e moradora do Jd. Salete em Taboão da Serra. Rebeca começou a trabalhar no jornalismo em 2017 e desde então tem consolidado sua trajetória profissional na cobertura de pautas de Política, Direitos Humanos, favelas e território, raça e gênero, entre outros.
“É uma alegria pra mim receber esse prêmio e é uma honra estar entre as referências que eu assistia na TV quando criança. Isso é prova de que o acesso à educação tem o poder de mudar a história de meninas e mulheres que sonham”, diz
Rebeca Motta venceu na categoria Top 50 mais admirados Jornalistas negros, ao lado de Maju Coutinho (Globo), Brasília Rodrigues (CNN), Manoel Soares (Bombou), Adriana Couto (TV Cultura), Joice Ribeiro (TV Cultura) Heraldo Pereira (Globo), Zileide Silva (Globo) entre outros.
Como âncora e analista política do jornal da Revista Fórum, que vai ao ar todos os dias das 6h30 às 9h no canal da TV Fórum, no youtube, Rebeca se destaca pela defesa de uma comunicação política institucional simplificada e traduzida para que todo cidadão tenha condições de propagar informações importantes para a construção da cidadania, para que a população se interesse pelo debate público e possa ser porta-voz das suas comunidades e territórios.
Ao longo de seis anos de carreira a jornalista possui passagens por vários veículos jornalísticos como Estadão Expresso na Perifa, Embarque no Direito, Jornal na Net, Alma Preta Jornalismo, Notícia Preta, Desenrola e Não me enrola, Mais Favela TV, Agencia Mural de Jornalismo das Periferias, Canal Diversão e Arte. Na rádio, foi repórter no programa do grande radialista Eli Corrêa.
“A mídia negra existe há quase duzentos anos e ainda assim, os espaços de poder e de decisão estiveram nas mãos de homens, brancos, poderosos que detinham a única linha narrativa da história. Nunca antes houve tanto protagonismo na imprensa, ainda assim precisamos avançar para não sermos um ou dois profissionais negros nos espaços, mas muitos e com olhares diversos sobre as história’, defende.
Rebeca finaliza dizendo que essa premiação é um passo importante para todos os jornalistas e veículos que lutam pelo antirracismo, e pela diversidade nas redações e afirma que apenas dessa forma pode-se afirmar com certeza que a comunicação é para todos.
Assista aqui a premiação que celebra o trabalho de jornalistas negros e negras de todo o Brasil: Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira