Rodovia Régis Bittencourt completa 60 anos neste domingo, dia 24
A rodovia Régis Bittencourt completa 60 anos neste domingo, dia 24. Desde a sua inauguração, em 1961, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, a estrada que liga São Paulo ao Sul do país foi sinônimo de progresso, riqueza e tragédias. A rodovia mudou radicalmente a história de Taboão e se tornou símbolo de uma região que cresceu às margens da estrada.
Nesses 60 anos, a Régis Bittencourt ganhou a administração da empresa a Arteris Régis Bittencourt que é a responsável pelos 402,6 quilômetros da BR-116, que liga as cidades de São Paulo (SP) e Curitiba (PR). A concessionária implantou melhorias e iniciou a cobrança de pedágio. Em meio a discussão da municipalização do trecho taboanense da rodovia, os motoristas convivem quase que diariamente com alagamentos em diversos pontos na cidade.
Quando a rodovia Régis Bittencourt foi oficialmente inaugurada, Taboão da Serra estava prestes a completar dois anos de emancipação. A vida bucólica do novo município seria mudada radicalmente para sempre. A estrada rasgou a cidade ao meio, dividiu em duas partes a mesma população e trouxe problemas e pujança a Taboão da Serra.
Em toda história de Taboão da Serra, nenhuma obra foi tão significativa para a história da cidade quanto a Régis Bittencourt. A cidade se moldou ao seu contorno e hoje, com mais 290 mil habitantes, os transtornos de uma movimentada estrada fazem parte da vida e do cotidiano de todo taboanense.
O ex-governador Mário Covas, disse certa vez, que Taboão da Serra estava na melhor “esquina” do Brasil, referência a sua posição estratégica como Portal do Mercosul e próximo ao futuro Rodoanel (que anos depois levaria o seu nome). E foi essa posição privilegiada que trouxe inúmeras indústrias e empresas para a cidade, principalmente nas décadas de 70 e 80.
Mas se por um lado a Régis Bittencourt foi o grande empuxo para o progresso taboanense, por outro trouxe diversos problemas. O tráfego intenso de caminhões, a poluição, os alagamentos nas pistas, acidentes, mortes e o trânsito caótico transformaram a convivência entre os moradores e a rodovia um tanto difícil.
Para muitos, a Régis Bittencourt é a espinha dorsal da cidade, que desenha em suas curvas o traçado que ajudou a construir Taboão da Serra, seus bairros, indústrias e comércios. A verdade é que o pequeno trecho, de aproximadamente seis quilômetros, que corta Taboão da Serra é um dos trechos mais movimentados do Estado de São Paulo.
A Régis Bittencourt é também um dos símbolos que une outras quatro cidades da região: Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Juquitiba e São Lourenço, são todas interligadas apenas pela rodovia. Mas nenhum outro município da região tem a característica tão presente da Régis Bittencourt como Taboão da Serra.