Sabesp fechou Posto de Atendimento em Taboão da Serra em 1987
João Clemente, encarregado do Posto da Sabesp que passou a atender na Regional Pinheiros
Publicado no Blog de Clayson Latorre
Olá amigos, nesta semana vamos relembrar mais uma matéria do nosso acervo histórico. Nessa coluna, abordamos uma matéria publicada originalmente na edição nº 213 do Jornal O Cidadão, publicada em maio de 1987. Entre os destaques da semana o fim do posto de atendimento da Sabesp em Taboão da Serra.
Na década de 80, Taboão da Serra tinha poucos serviços governamentais instalados no município. Os prestados pelo Estado, eram parcos e excessos. Para piorar, em 1987, a cidade perdeu o posto de atendimento da Sabesp devido a uma reestruturação da empresa. Os moradores de Taboão precisavam ir até Pinheiros para poder utilizar os serviços da empresa.
O prefeito da época, José Vicente Buscarini, questionou a empresa e chegou a ter um debate acalorado com o encarregado do posto, João Clemente. O gerente regional da Sabesp, Álvaro Eduardo de Oliveira Mesquita, chegou a vir para a cidade para explicar os motivos que levaram a empresa a fechar o posto de atendimento.
Paralelo a saída da Sabesp da cidade, Clemente ligou a metralhadora e disparou para todos os lados. Filiado ao PMDB, o mesmo partido de Buscarini, ele reclamou de ingerência política no comando do posto da Sabesp na cidade. Ele foi transferido para a Regional Pinheiros, junto com todos os funcionários.
Buscarini na época exigiu explicações da saída da Sabesp, mas apesar de todo o esforço político, o posto passou a atender em São Paulo a população taboanense.
E tem mais
Em 1987 um dos cursos mais concorridos na cidade era o de datilografia. Para ampliar o atendimento, a prefeitura encomendou novas máquinas para as escolas do Rui Barbosa e do Pirajuçara, que oferecia especificamente esse curso.
“As Remington-Sperry Rand foram substituídas por máquinas Ollivett Linea 98, após 16 anos de utilização, desde a fundação da primeira escola de datilografia municipal de Taboão, em março de 1971”, escreveu o jornal.
“A partir de 1984, quando o professor Edon José Rodarte reformulou e atualizou o curso, as escolas passaram a formar 529 alunos por ano, ou seja, 193 a mais do que o período anterior”, destacou O Cidadão.
“O Curso tem duração de quatro meses, e segundo o professor Edon é essencialmente prático, constando de 1.060 linhas de exercícios. A parte técnica inclui o aprendizado de tabulação, margem, tabelas, quadros, exercícios de velocidade, montagem de cartas comercias e de referência, além de datilografia em papel pautado”.