Secretária diz que não há motivo para “pânico” após suspeita de coronavírus em Taboão da Serra
Dra. Raquel Zaicaner, secretária de Saúde de Taboão da Serra
Rose Santana
A secretária de saúde de Taboão da Serra, Dra. Raquel Zaicaner, afirmou nesta quinta-feira, dia 27, durante entrevista coletiva com a imprensa regional que não há motivo para pânico após o primeiro caso suspeito de coronavírus em Taboão da Serra ter sido comunicado. Segunda ela, o exame que dirá se o paciente está infectado ou não sairá em três dias.
Zaicaner disse que o paciente com suspeita de infecção pelo coronavírus, um homem de 30 anos, chegou na terça-feira, dia 25, de uma viagem que fez ao norte da Itália. Ao chegar a sua casa, em Taboão da Serra, apresentou sintomas como coriza e dor de garganta, mas não teve nenhum pico de febre. “Ele ligou para nossa unidade, explicou a situação e em seguida passou pela nossa equipe”.
A secretária afirmou também que o paciente está em casa, em observação e que ele mora sozinho, por isso a possibilidade contágio de outras pessoas é pequeno. A saúde do paciente está sendo monitorado através de vários telefonemas diários. Até o resultado do exame, o protocolo será mantido e ele deverá ficar em quarentena, isolado por 14 dias.
Para a médica, a prefeitura agiu de forma correta, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde. “Ele não tem um sintoma importantíssimo que seria a febre. Estamos lidando com caso com o máximo de zelo, uma vez que ele estava em Milão, onde já foram relatados vários casos. E eu não posso menosprezar uma autodeclaração, afinal ele procurou a nossa unidade relatando os sintomas e o local em que estava”, disse Zaicaner.
“Os exames clínicos e laboratoriais dele estão muito bons. Ele está bem, é um quadro bem leve e foi colhido o exame SWAD, que é coletado por vias aéreas, e já foi enviado para o Instituto Adolfo Lutz. Ele é uma pessoa bem orientada e é possível fazer essa vigilância domiciliar. Mas qualquer mudança clínica, nós mudamos a conduta”.
A secretária diz que não há motivo para pânico. “As pessoas não precisam sair de máscara, não deixar os filhos irem para a escola, faltar no trabalho. Hoje temos um caso confirmado no Brasil, se isso mudar, claro, que aí a conduta vai mudando. Mas não existe motivo para pânico, de forma alguma”.