Sem-Teto fazem manifestação na Câmara e apresentam exigências após reintegração de terreno
Manifestantes durante protesto na rodovia Régis Bittencourt na manhã desta terça-feira, dia 16
Famílias de sem-teto, que invadiram um terreno na avenida castelo Branco, no bairro Parque Laguna, fizeram uma grande manifestação nesta terça-feira, dia 16, em Taboão da Serra. O grupo saiu pela manhã do terreno e caminhou até a Câmara Municipal, no Jd. Helena, onde acontecia a sessão.
Pelo menos uma pista da rodovia Régis Bittencourt foi ocupada, causando congestionamento para os motoristas que vinham de Embu das Artes em direção a São Paulo. O protesto na estrada durou pouco mais de uma hora.
O movimento defende que o terreno invadido seja declarado pelo governo municipal como zona de interesse social, para a construção de habitação para população de baixa renda. A mesma área já foi ocupada outras duas vezes, em junho do ano passado e em 2016.
Já na Câmara Municipal, o grupo lotou o plenário pedindo uma posição dos vereadores. A sessão ficou interrompida e uma comissão foi recebida pelos parlamentares que tiraram uma pauta para ser encaminhada ao prefeito Fernando Fernandes. O terreno invadido é particular e a justiça determinou a reintegração de posse.
Um dos líderes do movimento, Marquinhos, falou com a reportagem do Portal O Taboanense e pontuou as exigências das famílias que ocupam a área. “A gente quer que mude o zoneamento, porque foi mudado com o povo lá dentro [da ocupação do terreno]”.
Ele também disse que a reunião foi positiva e “chegamos a um acordo, eles vão montar uma comitiva de vereadores, vão conversar com o prefeito que tinha nos dito que quando a gente recebesse a notificação da reintegração, iria falar com a gente”.
Segundo ele, os manifestantes querem “que a assistência social vá lá no terreno fazer o cadastro dos moradores que estão lá, também queremos que a prefeitura marque uma reunião com a CDHU e eles se prpoporam conversar com o prefeito para conversar sobre essas demandas, além de agendar uma reunião com a família Basile [dona da área invadida] “.