Sobe para 91 o número de casos de Covid-19 em Taboão da Serra
Secretaria de Saúde confirmou mais 4 novos casos no boletim informativo desta terça-feira, dia 14
A Secretaria de Saúde confirmou na tarde desta terça-feria, dia 14, mais quatro casos de pacientes infectados com o novo coronavírus no município. Com isso, Taboão da Serra registra 91 casos da doença, 161 ainda estão em análise, e oito mortes. No total são 379 notificações e 119 já foram descartadas para COVID-19.
O hospital de campanha, localizado no Jd. Guaciara, onde antes funcionava o Serviço Especializado de Reabilitação, já atendeu, na primeira semana, 500 pessoas e 21 internações, os dados foram passados pelo prefeito Fernando Fernandes, na última segunda-feira, dia 13, em um vídeo divulgado nas redes sociais. Um paciente morreu na unidade.
A unidade para o combate à Covid-19 conta com uma estrutura com 40 leitos, 4 de emergência, irá receber pacientes de baixa e média complexidade. Se houver agravamento, serão encaminhados para hospital de referência, Unidade de Pronto Atendimento – UPA Akira Tada, até que sejam disponibilizadas vagas de UTIs reguladas pelo Estado.
Medidas protetivas
Fernandes anunciou várias medidas de enfrentamento ao coronavírus em Taboão da Serra. Todo comércio e prestação de serviço, inclusive bares e casas noturnas, deverão permanecer fechados até segunda ordem. Os comerciantes que abrirem seus estabelecimentos poderão ter seus alvarás de funcionamento cassados.
A exceção serão os supermercados, farmácias, restaurantes, feiras livres, padarias, lanchonetes, lojas que vendem produtos para animais, açougues, postos de combustíveis, lojas de conveniência e serviço de entrega.
Fernandes lembrou que mesmo esses comércios que ficarão abertos deverão evitar aglomerações e fornecer proteção para seus funcionários e clientes, oferecendo álcool em gel e realizando limpeza redobrada. A cidade teve declarada situação de calamidade pública.
O Governador João Doria decidiu prorrogar por mais 15 dias a quarentena em todos os 645 municípios de São Paulo, até o dia 22 de abril. A decisão foi tomada após reunião com 15 médicos do Centro de Contingência do coronavírus, que apontaram que o contágio já chegou a cem cidades paulistas e mais de 400 hospitais públicos e privados. Projeções apontam que prolongar o distanciamento social pode evitar mais de 160 mil mortes em todo o Estado.
“A prorrogação da quarentena será feita por mais 15 dias, do dia 8 até o dia 22 de abril, em todo o estado e pelas razões que foram largamente expostas por cientistas, médicos e especialistas. Prefeitas e prefeitos terão o dever e a obrigação de seguir a orientação do Governo do Estado. Isto é constitucional, não é uma deliberação que pode ou não ser seguida”, afirmou o Governador.
“Nenhuma aglomeração de nenhuma espécie em nenhuma cidade de São Paulo será admitida. As Guardas Municipais ou Metropolitanas deverão agir e, se necessário, recorrer à Polícia Militar para que imediatamente possa haver a dissipação de qualquer movimento ou aglomeração de pessoas. Esta é uma deliberação que deverá ser rigorosamente seguida pela população do estado de São Paulo na defesa de suas vidas e de seus familiares”, acrescentou Doria.