SP registra 2.247 mortes por coronavírus, com novo aumento de 198 óbitos em 24 horas
Internações também cresceram, ultrapassando 8,6 mil pessoas em UTIs e enfermarias devido à COVID-19
Pelo segundo dia consecutivo, o Estado de São Paulo confirma cerca de 200 em um período de 24 horas. Nesta quarta-feira (29), São Paulo registra 2.247 óbitos por coronavírus, 198 a mais do registrado na terça-feira (28). Com o avanço da COVID-19 para o interior, litoral e Grande São Paulo, já são 808 vítimas fatais fora da capital. Já houve um ou mais óbitos em 144 municípios, no total.
Casos também já foram confirmados em 314 cidades, totalizando 26.158 pessoas infectadas. Entre estas, 9.520 residiam fora da cidade de São Paulo. A relação de casos e óbitos confirmados por cidade pode ser consultada em www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.
“Nós não podemos deixar de enfatizar o ‘Fique em casa’. Além disso, o uso de máscaras, que é extremamente importante. A sua máscara me protege e a sua máscara protege a você, afirmou o Secretário da Saúde, José Henrique Germann Ferreira.
Mais de 600 novas internações ocorreram desde ontem, totalizando 8,6 mil pessoas em atendimento nos hospitais de São Paulo. Hoje, há 3.445 pacientes em UTI e 5.175 em enfermaria.
Consequentemente, cresceram as taxas de ocupação dos leitos de UTI para atendimento a COVID-19, chegando a 68,7% no Estado de São Paulo e 85,1% na Grande São Paulo.
Nesta quarta-feira (29), o Governo de São Paulo anunciou a aquisição de novos respiradores. Os equipamentos vão auxiliar no atendimento a pacientes de todo o Estado. “Há clara necessidade de novos respiradores, que têm o objetivo de aplacar o que acontece no já pressionado sistema de saúde. Basta verem os números. Hoje nós temos a interiorização do vírus. Já uma pressão por leitos de UTI no interior do Estado de São Paulo, a região do Grande ABC já muito pressionada e o litoral já muito pressionado”, alertou o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência.
Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais, estão 1.309 homens e 938 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 73,9% das mortes.
Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (559 do total), seguida por 60-69 anos (490) e 80-89 (449). Também faleceram 158 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (293 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (183), 30 a 39 (85), 20 a 29 (22) e 10 a 19 (7), e um com menos de dez anos.
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (59,9% dos óbitos), diabetes mellitus (43,8%), doença renal (11,9%), pneumopatia (11,6%), e doença neurológica (11,3%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática.
Esses fatores de risco foram identificados em 1.835 pessoas que faleceram por COVID-19 (81,7%) do total.