Taboão celebra Dia Mundial da Luta contra a Aids com encontro e ações de conscientização
Nely Rossany
Nesta sexta-feira, 1º de dezembro é celebrado o Dia Mundial da Luta contra a Aids e em Taboão da Serra, a Secretaria de Saúde vai promover um encontro para profissionais de saúde com palestra sobre prevenção e ações de conscientização sobre a doença.
O encontro com os profissionais de saúde acontecerá na Padaria Belas Artes com a palestra “Atualização em HIV com Foco na Prevenção”, ministrada pelo Dr. Flaubert Farias.
Além disso, durante toda esta semana, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centro de referência da Saúde da Mulher (CRSM), e CAPSAD, realizam o teste rápido de HIV e SÍFILIS. O teste é sigiloso e realizado após a entrevista de acolhimento e aconselhamento.
De acordo com a Dra. Iris Bandeira Roquim, coordenadora do Programa de DST/AIDS e Hepatites Virais, dados epidemiológicos demonstram maior incidência de contaminação entre jovens (18 a 26 anos) e entre gays. “No entanto, a epidemia continua crescendo em toda a população sexualmente ativa, por isso é importante o diagnóstico da doença”.
A coordenadora explica quando um paciente faz o teste em uma das unidades de saúde do município e é positivo, um novo teste é realizado. Se for confirmado o diagnóstico, o paciente é orientado, encaminhado para consulta médica, exames laboratoriais e recebe o tratamento que incluiu a medicação. A recomendação é que a população sexualmente ativa realiza os testes de HIV e sífilis pelo menos uma vez ao ano.
HIV no Brasil
O número de novos casos de aids no Brasil tem aumentado, o que revela uma tendência contrária ao que se registra na média mundial. Dados de julho deste ano, divulgados pela UNAids, órgão da ONU para lidar com a epidemia, apontam que o número de novas infecções a cada ano no Brasil aumentou em 3% entre 2010 e 2016. No mundo, essa taxa sofreu uma contração de 11%.
A elevação no Brasil é considerada pequena, passando de 47 mil novos casos em 2010 para 48 mil em 2016. Mas mesmo considerando a margem de erro e o aumento da população, a realidade é que a estimativa não aponta para uma queda no número absoluto, como o que tem sido registrado em diversas outras partes do mundo e mesmo na região.
De acordo com o novo levantamento, o total de adultos latino-americanos infectados pelo vírus se manteve estável desde 2010, com cerca de 96 mil em 2016. No início da década, o volume era de 94 mil. Foram registradas ainda 1,8 mil novas contaminações de crianças em 2016, principalmente na Venezuela e no Brasil.