Taboão da Serra e cidades da região já registram 12 casos da varíola do macaco
Segundo a secretaria de saúde do Estado de São Paulo até o levantamento realizado no dia 27 de julho as cidades de Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Embu-Guaçu somavam juntas nove casos da varíola do macaco. Cotia, também na região, já soma três casos da doença.
Na região, Taboão da Serra foi a primeira cidade a registrar casos da doença. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde um dos casos se refere a um homem de 29 anos, com histórico de viagem para Portugal recente. Ele foi atendido na UPA Akira Tada em Taboão da Serra.
O segundo caso confirmado em Taboão da Serra é de um homem de 53 anos, ele foi atendido em uma unidade de saúde de São Paulo. Ambos estão bem, em isolamento residencial e estão sendo acompanhados. Nesta terça-feira, dia 2, a prefeitura afirmou que desde então não foram mais contabilizados novos casos.
De acordo a prefeitura de Taboão da Serra, a secretaria de saúde criou um plano de ação para atender os casos de varíola dos macacos. “Através da Vigilância Epidemiológica, a Gestão Municipal está preparada para atender os casos de Monkeypox e elaborou um Plano de Ação. O diagnóstico é rápido e o resultado sai em dois dias”.
A prefeitura ainda informou que “os casos em investigação e confirmados seguirão o protocolo de isolamento que pode ser residencial ou no hospital, além dos pacientes receberem as recomendações para evitar contaminações como uso de máscara, higienização das mãos, uso de preservativos, visto que a doença tem maior transmissão por contato íntimo”.
Itapecerica
A Autarquia Municipal de Saúde de Itapecerica da Serra informou que foram confirmados três casos de Monkeypox, conhecida como varíola do macaco, no município. Os pacientes foram atendidos e diagnosticados no PS Central.
Outros seis casos suspeitos estão sob investigação, aguardando resultado de testes e exames laboratoriais. Todos os pacientes, mesmo os com casos suspeitos da doenaça seguem em isolamento.
O médico Milton Parron Júnior, responsável pela Vigilância Epidemiológica e a Coordenadora Técnica Wanessa Gerona, reuniram-se com todos os diretores dos serviços de saúde de Itapecerica de Serra, para instruí-los sobre manejo clínico, fluxos e procedimentos diante de novos casos.
Mais casos na região
A secretaria de saúde do Estado de São Paulo confirmou ainda outros casos na região. Em Embu das Artes já foram registrados três pacientes diagnosticados com a doença e Embu-Guaçu registrou até o momento um caso da varíola do macaco.
Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta segunda-feira (1º), pelo Twitter, que o Brasil receberá, por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o antiviral Tecovirimat para “reforçar o enfrentamento ao surto” de varíola dos macacos.
“Serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento”, adiantou. O Tecovirimat tem sido oferecido como opção de “uso compassivo [autorização de uso de medicamento novo por agência reguladora, ainda sem registro definitivo]” nos Estados Unidos. Entretanto, ainda não há dados que demonstrem a eficácia do antiviral para o tratamento da varíola dos macacos.
Números
Segundo dados do Ministério da Saúde, até ontem (31), 1.342 casos de varíola dos macacos foram registrados no país. Na última sexta (29) a pasta confirmou a primeira morte pela doença no Brasil.
A vítima era um homem, de 41 anos. Ele estava internado em Belo Horizonte (MG) e tinha comorbidades que podem ter prejudicado o quadro clínico. O Ministério da Saúde investiga as circunstâncias da morte.
Sintomas
A varíola dos macacos é uma doença causada pela infecção com o vírus Monkeypox, que causa sintomas semelhantes aos da varíola. Ela começa com febre, dor de cabeça, dores musculares, exaustão e inchaço dos linfonodos.
Uma erupção geralmente se desenvolve de um a três dias após o início da febre, aparecendo pela primeira vez no rosto e se espalhando para outras partes do corpo, incluindo mãos e pés.
Em alguns casos, pode ser fatal, embora seja tipicamente mais suave do que a varíola. A doença é transmitida para pessoas por vários animais selvagens, como roedores e primatas, mas também pode ser transmitida entre pessoas após contato direto ou indireto.
Com informações da Agência Brasil