Taboão da Serra está entre os municípios considerados prioritários no Programa Brasil Saudável
O Brasil quer eliminar, até 2030, as doenças chamadas de ”socialmente determinadas” como malária, tuberculose, hanseníase e HIV/Aids
Taboão da Serra está entre os 23 municípios do estado de São Paulo que terão prioridade no Programa Brasil Saudável, lançado nesta quarta-feira, dia 7, pelo governo federal, durante a recepção do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, ao Brasil.
A iniciativa tem como meta liminar ou reduzir 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, populações em vulnerabilidade social no país. Entre 2017 e 2021, as doenças determinadas socialmente foram responsáveis pela morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil.
A meta é que a maioria das doenças sejam eliminadas como problema de saúde pública: malária, doença de Chagas, tracoma, filariose linfática, esquistossomose, oncocercose, geo-helmintíase, além de cinco infecções de transmissão vertical (sífilis, hepatite B, doença de Chagas, HIV e HTLV). Também o cumprimento das metas da OMS para diagnóstico, tratamento e redução da transmissão da tuberculose, hanseníase, hepatites virais e HIV/aids.
A expectativa é que os grupos mais vulnerabilizados tenham menos risco de adoecimento e que as pessoas atingidas pelas doenças e infecções possam realizar o tratamento de forma adequada, com menos custos e melhores resultados na rede de profissionais e serviços de saúde. O CIEDDS identificou 175 cidades que são consideradas prioritárias por possuírem altas cargas de duas ou mais doenças ou infecções determinadas socialmente e, por isso, fundamentais para a pauta da eliminação enquanto problema de saúde pública.
Em São Paulo, 23 municípios terão prioridade no programa: Barueri, Guarujá, Itapevi, Paulínia, São Vicente, Carapicuíba, Diadema, Jundiaí, Taboão da Serra, Bauru, Mauá, Osasco, Praia Grande, Santo André, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba, Campinas, Guarulhos, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto e São Paulo.
Ação coordenada
Por meio do Programa, o Ministério da Saúde e outros 13 ministérios do governo federal vão atuar em diversas frentes, com foco no enfrentamento à fome e à pobreza; ampliação dos direitos humanos e proteção social para populações e territórios prioritários; qualificação de trabalhadores, movimentos sociais e sociedade civil; incentivo à inovação científica e tecnológica para diagnóstico e tratamento; e ampliação das ações de infraestrutura e de saneamento básico e ambiental.