Taboão da Serra não corre “risco imediato de desabastecimento de oxigênio”, afirma SPDM
Em cada um dos prontos-socorros de Taboão da Serra tem um tanque de oxigênio liquido com capacidade de aproximadamente 5.400 litros
Dr. Bráulio Araújo, representante da SPDM em Taboão da Serra
A Sociedade Paulista de Medicina (SPDM), responsável pela gestão das três unidades de emergência de Taboão da Serra, Pronto Socorro Infantil, PS Antena e a UPA Akira Tada, disse que “nesse momento, o município não corre risco de desabastecimento de oxigênio”.
“O consumo de oxigênio na cidade de São Paulo está muito alto, recebemos notificação de alarme, mas nós temos oxigênio, não está faltando e os nossos tanques estão todos abastecidos. Eu repito, essa semana nós não temos problema nenhum e em nenhuma semana desse ano, em nenhum momento tivemos problema com falta de oxigênio”, garantiu dr. Bráulio Araujo, médico da SPDM.
Araújo explicou durante audiência pública da Saúde, realizada na Câmara Municipal, na manhã desta quinta-feira, dia 25, que em cada um dos prontos-socorros de Taboão da Serra tem um tanque de oxigênio líquido.
“Os nossos tanques têm capacidade de aproximadamente 5.400 litros de oxigênio líquido. É uma quantidade bem significativa de oxigênio e esses tanques são abastecidos por uma empresa chamada Air Liquide.
Quando os tanques ficam com 45% da sua quantidade alcançada, automaticamente a Air Liquide manda um novo caminhão para repletar o tanque”, explicou o médico.
Na UPA Akira Tada, unidade de referência de atendimentos da covid-19 na cidade, segundo o dr, Bráulio, “todos os leitos têm oxigênio por rede, pelas canulações de oxigênio. Se nós precisarmos, em um momento de maior gravidade, colocar algum paciente fora da rede, ele pode ficar em um leito com cilindro de oxigênio ao lado”.
Ao ser questionado se futuramente Taboão da Serra poderá sofrer com desabastecimento de oxigênio, o médico foi taxativo. “Todos os especialistas acreditam que nós não chegamos no pior momento dessa pandemia. Se nós continuarmos com um número tão aumentado de casos graves é possível que tenhamos problemas com oxigênio […] O que sabemos é que existe a possibilidade, mas nós não estamos passando esse risco imediato. E obviamente estamos lutando para organizar todos os processos para que isso não aconteça de jeito nenhum”.
Falta de cilindros
A SPDM informou que a UPA Akira Tada também não tem problemas com falta de cilindros. “No Estado a quantidade de cilindros está muito diminuída, a própria empresa Air Liquide nos avisou por e-mail que eles não estão conseguindo comprar cilindros” devido a demanda.
“Mas os leitos que nós temos na UPA já estão com cilindro e tendo cilindro o risco de desabastecimento é pequeno, porque a empresa tem cumprido sempre as nossas demandas e as nossas necessidades”, finalizou dr. Bráulio Araujo.