Taboão da Serra registra a sexta morte por coronavírus e 59 casos confirmados
A Secretaria de Saúde de Taboão da Serra irá informar nas próximas horas a sexta morte em decorrência no coronavírus no município. No boletim desta terça-feira, dia 7, o número de casos confirmados saltou para 59 e o número de notificações suspeitas que estão em investigação passaram para 295.
A sexta vítima do coronavírus em Taboão da Serra é um homem de 63 anos, cardiopata, e que estava internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Outros dois óbitos já haviam sido registrados no Hospital Geral de Pirajussara (HGP), um homem de 39 anos, obeso; e outro homem de 50 anos que também era cardiopata, eles estavam internados.
As mortes anteriores foram de uma mulher de 84 – cardiopata e um senhor de 77, que era diabético. Esses óbitos aconteceram em hospitais particulares, Santa Maggiore, na capital, e em São Bernardo, respectivamente.
Medidas protetivas
O prefeito Fernando Fernandes, inaugurou nesta segunda-feira, o hospital de campanha para o combate à Covid-19. Montado onde antes funcionava o SER – Serviço Especializado de Reabilitação, no Jd. Guaciara, a estrutura conta com 40 leitos, 4 de emergência, irá receber pacientes de baixa e média complexidade. Se houver agravamento, serão encaminhados para hospital de referência, Unidade de Pronto Atendimento – UPA Akira Tada, até que sejam disponibilizadas vagas de UTIs reguladas pelo Estado.
Fernandes anunciou várias medidas de enfrentamento ao coronavírus em Taboão da Serra. Todo comércio e prestação de serviço, inclusive bares e casas noturnas, deverão permanecer fechados até segunda ordem. Os comerciantes que abrirem seus estabelecimentos poderão ter seus alvarás de funcionamento cassados.
A exceção serão os supermercados, farmácias, restaurantes, feiras livres, padarias, lanchonetes, lojas que vendem produtos para animais, açougues, postos de combustíveis, lojas de conveniência e serviço de entrega.
Fernandes lembrou que mesmo esses comércios que ficarão abertos deverão evitar aglomerações e fornecer proteção para seus funcionários e clientes, oferecendo álcool em gel e realizando limpeza redobrada. A cidade teve declarada situação de calamidade pública.
O Governador João Doria decidiu prorrogar por mais 15 dias a quarentena em todos os 645 municípios de São Paulo, até o dia 22 de abril. A decisão foi tomada após reunião com 15 médicos do Centro de Contingência do coronavírus, que apontaram que o contágio já chegou a cem cidades paulistas e mais de 400 hospitais públicos e privados. Projeções apontam que prolongar o distanciamento social pode evitar mais de 160 mil mortes em todo o Estado.
“A prorrogação da quarentena será feita por mais 15 dias, do dia 8 até o dia 22 de abril, em todo o estado e pelas razões que foram largamente expostas por cientistas, médicos e especialistas. Prefeitas e prefeitos terão o dever e a obrigação de seguir a orientação do Governo do Estado. Isto é constitucional, não é uma deliberação que pode ou não ser seguida”, afirmou o Governador.
“Nenhuma aglomeração de nenhuma espécie em nenhuma cidade de São Paulo será admitida. As Guardas Municipais ou Metropolitanas deverão agir e, se necessário, recorrer à Polícia Militar para que imediatamente possa haver a dissipação de qualquer movimento ou aglomeração de pessoas. Esta é uma deliberação que deverá ser rigorosamente seguida pela população do estado de São Paulo na defesa de suas vidas e de seus familiares”, acrescentou Doria.