Taboão da Serra registra mais uma morte por coronavírus
A prefeitura de Taboão da Serra informou na manhã desta sexta-feira, dia 10, que o município registrou a sétima morte por coronavírus. A vítima, uma mulher de 73 anos, estava internada no hospital Santa Maggiore, em São Paulo, e tinha como agravante doença renal crônica.
No boletim divulgado nesta sexta, o número de casos confirmados somente em Taboão da Serra chega a 76, mas o número deve subir nos próximos dias, é que 183 casos suspeitos estão aguardando os resultados dos exames laboratoriais. Das 349 notificações desde o início da pandemia, Taboão da Serra já descartou 92 casos.
As seis mortes anteriores foram registradas em hospitais de São Paulo e de Taboão da Serra. No início da semana, um homem de 63 anos, cardiopata, e que estava internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo faleceu.
Na semana passada já havia sido registrados outros dois óbitos no Hospital Geral do Pirajussara, em Taboão da Serra. Um homem de 39 anos, obeso; e outro homem de 50 anos que também era cardiopata, eles estavam internados mas a evolução da doença foi muito rápida.
As mortes anteriores foram de uma mulher de 84 – cardiopata e um senhor de 77, que era diabético. Esses óbitos aconteceram em hospitais particulares, Santa Maggiore, na capital, e em São Bernardo, respectivamente.
Medidas protetivas
O prefeito Fernando Fernandes, inaugurou nesta segunda-feira, o hospital de campanha para o combate à Covid-19. Montado onde antes funcionava o SER – Serviço Especializado de Reabilitação, no Jd. Guaciara, a estrutura conta com 40 leitos, 4 de emergência, irá receber pacientes de baixa e média complexidade. Se houver agravamento, serão encaminhados para hospital de referência, Unidade de Pronto Atendimento – UPA Akira Tada, até que sejam disponibilizadas vagas de UTIs reguladas pelo Estado.
Fernandes anunciou várias medidas de enfrentamento ao coronavírus em Taboão da Serra. Todo comércio e prestação de serviço, inclusive bares e casas noturnas, deverão permanecer fechados até segunda ordem. Os comerciantes que abrirem seus estabelecimentos poderão ter seus alvarás de funcionamento cassados.
A exceção serão os supermercados, farmácias, restaurantes, feiras livres, padarias, lanchonetes, lojas que vendem produtos para animais, açougues, postos de combustíveis, lojas de conveniência e serviço de entrega.
Fernandes lembrou que mesmo esses comércios que ficarão abertos deverão evitar aglomerações e fornecer proteção para seus funcionários e clientes, oferecendo álcool em gel e realizando limpeza redobrada. A cidade teve declarada situação de calamidade pública.
O Governador João Doria decidiu prorrogar por mais 15 dias a quarentena em todos os 645 municípios de São Paulo, até o dia 22 de abril. A decisão foi tomada após reunião com 15 médicos do Centro de Contingência do coronavírus, que apontaram que o contágio já chegou a cem cidades paulistas e mais de 400 hospitais públicos e privados. Projeções apontam que prolongar o distanciamento social pode evitar mais de 160 mil mortes em todo o Estado.
“A prorrogação da quarentena será feita por mais 15 dias, do dia 8 até o dia 22 de abril, em todo o estado e pelas razões que foram largamente expostas por cientistas, médicos e especialistas. Prefeitas e prefeitos terão o dever e a obrigação de seguir a orientação do Governo do Estado. Isto é constitucional, não é uma deliberação que pode ou não ser seguida”, afirmou o Governador.
“Nenhuma aglomeração de nenhuma espécie em nenhuma cidade de São Paulo será admitida. As Guardas Municipais ou Metropolitanas deverão agir e, se necessário, recorrer à Polícia Militar para que imediatamente possa haver a dissipação de qualquer movimento ou aglomeração de pessoas. Esta é uma deliberação que deverá ser rigorosamente seguida pela população do estado de São Paulo na defesa de suas vidas e de seus familiares”, acrescentou Doria.