Taboão da Serra registra novo panelaço contra Bolsonaro nesta terça-feira
O presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento na TV sobre a pandemia
Moradores de Taboão da Serra protestaram contra o presidente Jair Bolsonaro na noite desta terça-feira, dia 23, durante pronunciamento oficial nas rádios e TVs. Nas redes sociais, os taboanenses acusaram Bolsonaro de omissão no combate a pandemia, além de exigirem a compra de vacinas.
Os protestos contra Bolsonaro aconteceram diversos bairros de Taboão da Serra. Foram registrados panelaços no Pq. Santos Dumont, Chácara Agrindus, Jd. Monte Alegre, Jd. Maria Rosa e na região do Pirajuçara e Jd. Clementino.
Nos condomínios da Cooperativa Vida Nova, diversos moradores bateram em panelas, tocaram buzinas e chamaram Bolsonaro de “assassino” e “genocida” (veja um dos vídeo abaixo).
Taboão da Serra já havia registrado um panelaço contra Bolsonaro em 16 de janeiro deste ano, também pela falta de ações no combate a pandemia do coronavírus.
Historicamente a cidade não poupa políticos nem de esquerda e nem de direita. Em maio de 2018, o alvo do panelaço foi o então presidente Michel Temer durante a crise dos caminhoneiros. Em 2015 foi a vez da ex-presidente Dilma Roussef receber o panelaço taboanense, pouco antes do seu afastamento pelo Congresso.
Bolsonaro diz ser favorável a vacinação
O presidente Jair Bolsonaro fez nesta terça-feira (23) um pronunciamento em cadeia de rádio e TV em que afirmou que o país, em poucos meses, será autossuficiente na produção de vacinas contra a covid-19.
“Não sabemos por quanto tempo teremos que enfrentar essa doença, mas a produção nacional vai garantir que possamos vacinar os brasileiros todos os anos, independentemente das variantes que possam surgir”, disse o presidente.
Bolsonaro afirmou que até o fim do ano estarão disponíveis mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população que precisa ser imunizada no país. Segundo o Ministério da Saúde, esse público soma 170 milhões de pessoas.
“Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la”, afirmou.
Acordos
O presidente voltou a afirmar que o país enfrenta dois grandes desafios, o vírus e o desemprego. “Em nenhum momento, o governo deixou de tomar medidas importantes tanto para combater o coronavírus como para combater o caos na economia, que poderia gerar desemprego e fome”, ressaltou.
Bolsonaro destacou que o Brasil usaria qualquer vacina aprovada pelos órgãos competentes e falou sobre os contratos assinados ao longo de um ano para a produção de imunizantes. O presidente citou o contrato com a Universidade de Oxford para a produção, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca e o acordo com o consórcio Covax Facility para a produção de 42 milhões de doses.
O presidente disse que intercedeu pessoalmente junto à fabricante Pfizer para a antecipação de 100 milhões de doses que serão entregues até setembro desde ano e também com a Janssen, garantindo 38 milhões de doses.
“Quero destacar que hoje somos o quinto país que mais vacinou no mundo. Temos mais de 14 milhões de vacinados e mais de 32 milhões de doses de vacina distribuídas para todos os estados da federação, graças às ações que tomamos logo no início da pandemia”, destacou Bolsonaro, ao citar a classificação do país levando em conta o número absolutos de doses aplicadas.
“Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população. Muito em breve, retomaremos nossa vida normal. Solidarizo-me com todos aqueles que tiveram perdas em suas famílias. Que Deus conforte seus corações!”, disse Bolsonaro.
Com informações da Agência Brasil