Taboão da Serra: SPDM é condenada a pagar R$ 50 mil para casal por falha em atendimento de gestante e morte de bebê
A Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), organização social responsável pela administração dos prontos-socorros de Taboão da Serra e Hospital Geral de Pirajussara (HGP), foi condenada a pagar R$ 50 mil após a morte de um recém-nascido. A mãe acusa o Pronto-Socorro e Maternidade da Antena de falha no atendimento. O caso aconteceu em 2017.
A sentença do Tribunal de Justiça de São Paulo que condena o PS Antena, saiu na última quinta-feira, dia 9. No entendimento da justiça, o hospital falhou com a gestante.
Segundo a denúncia, a gestante teria procurado o PS Antena em 2017, avisando que estava com perda de líquido. Porém, sem exames, ela foi dispensada e orientada a retornar no dia previsto para o nascimento do bebê. No entanto, horas depois, a mulher retornou ao hospital e o parto foi realizado, e foi constatado que o bebê estava morto no útero por falta de líquido amniótico.
A desembargadora Teresa Ramos Marques avaliou que, apesar de não ter sido “estabelecido nexo causal com a morte, ficou cabalmente demonstrada a falha no serviço”.
À reportagem, a SPDM informou que o óbito do bebé aconteceu “por descolamento prematuro de placenta, que é uma complicação súbita” e que em “nenhum momento houve erro médico ou negligência”.
“O Pronto-Socorro e Maternidade da Antena, de Taboão da Serra, esclarece que a paciente procurou a unidade na fase final da gestação. O óbito foi por descolamento prematuro de placenta, que é uma complicação súbita. Em nenhum momento houve erro médico ou negligência”, informou em nota SPDM.
Ainda de acordo com a nota da SPDM, “isso aconteceu em fevereiro de 2017 e o hospital ganhou o processo em primeira estância. A família recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo e venceu. Porém a ação não está concluída. O processo segue agora para Brasília, onde será julgado por uma corte superior. O hospital entende o sofrimento dos pais, mas reafirma que não mediu esforços para atender a paciente e fez os procedimentos necessários.”