Taboão da Serra tem cobertura vacinal acima da meta nacional, diz secretária de saúde
No município a cobertura vacinal é superior a 95%
A médica Raquel Zaicaner, secretária de saúde de Taboão da Serra: é preciso atenção para casos em outras cidades
No último fim de semana, o Ministério da Saúde alertou que no Brasil há 312 municípios com surto de poliomielite. O estado com maior número de casos é a Bahia. Há 28 anos o Brasil não registra casos da doença. Mas o risco é grande de a pólio, assim como outras doenças que estavam erradicadas retornarem, por causa de pais que se recusam em vacinarem os filhos.
Em Taboão da Serra, a secretária de Saúde, Dra. Raquel Zaicaner, declarou à reportagem do Portal O Taboanense, que a cobertura vacinal no município é boa, porém como algumas cidades estão abaixo da meta nacional, que é de 95%, e é preciso ficar alerta.
Nas sete principais vacinais, BCG, Rotavírus, ESQ. VIP, Penta (Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus, Meningite C), Pneuno 10, Meningo e Tríplice Viral SCR, Taboão da Serra está acima da meta nacional de 95%. Foram aplicadas no município 10.233 doses das vacinas. (Veja tabela)
“Taboão da Serra tem boas coberturas vacinais, em todas as vacinas a gente bate a meta. A nossa preocupação é no Brasil como um todo, por que vem diminuindo o número de pessoas que vacinam seus filhos. A gente precisa que um percentual da população esteja vacinada para impedir que o vírus circule. Em Taboão nós temos isso, 95% de cobertura vacinal”, declarou a secretária de Saúde, Raquel Zaicaner.
Ainda de acordo com a secretária, a Secretaria de Educação irá ajudar no rastreio de crianças com vacinas atrasadas ou na necessidade de tomar reforço. “A equipe da Educação vai estar ajudando a Saúde, recolhendo as carteiras de vacinação das crianças [da rede municipal] na rematrícula, pra gente verificar se está todo mundo em ordem. Se tem alguém que precisa tomar algum reforço ou que esteja com alguma vacina atrasada”, explicou Raquel Zaicaner.
Doença
Causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomelite geralmente atinge crianças com menos de 4 anos, mas também pode contaminar adultos. A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas e há semelhanças com as infecções respiratórias com febre e dor de garganta, além das gastrointestinais, náusea, vômito e prisão de ventre.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.
Transmissão e Prevenção
A poliomielite não tem tratamento específico. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra por meio de saliva e fezes, assim como água e alimentos contaminados.
No entanto, a doença deve ser prevenida por meio da vacinação. A vacina é aplicada nos postos da rede pública de saúde. Há ainda as campanhas nacionais.
A vacina contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas. A próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite ocorrerá de 6 a 31 de agosto.
O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem.
Com informações da Agência Brasil