Vereador Bressan esclarece polêmica sobre declarações e pede desculpas aos servidores de Taboão da Serra

O vereador Wanderley Bressan (PDT) utilizou a tribuna durante a sessão na Câmara Municipal de Taboão da Serra desta terça-feira, dia 11, para pedir desculpas e esclarecer suas declarações sobre o reajuste salarial do funcionalismo público. Durante a prestação de contas da Comissão de Finanças, ele sugeriu um programa de demissão voluntária para desonerar a folha de pagamento.
Segundo Bressan, após analisar os relatórios ele percebeu que, pelas informações ali contidas, o município não tem margem para dar um aumento salarial aos servidores. “Reconheço que eu não construí bem minha fala, ficou com alguns pontos soltos, o que causou uma interpretação equivocada”, declarou.
Na sessão desta terça-feira, um grupo de servidores públicos realizou um protesto contra as declarações do vereador, eles também reivindicaram aumento salarial para os concursados.
O parlamentar fez questão de destacar que sua trajetória política “sempre discutiu a importância da valorização do funcionalismo”. Por isso, ao analisar os relatórios [durante a audiência pública em 25 de fevereiro] ele percebeu que o nível de comprometimento da folha de pagamento está no limite do permitido por lei, que são 54%.
“Nós estamos com 51,3%… E quando eu vejo aquele número, eu me assusto, porque percebo que você não tem margem para, de fato, dar um aumento para o funcionalismo e melhorar a condição salarial, que é o ponto X da questão”, explicou.
Após suas declarações, o funcionalismo utilizou as redes sociais para repudiar a fala do vereador. Ele se reuniu com cerca de 30 servidores para esclarecer o mal entendido.
“Dois dias depois eu me reuni com o sindicato e me desculpei. Tive a oportunidade de dizer exatamente aquilo que eu pensava e assumi o compromisso de dizer isso publicamente e coloquei uma data à disposição do sindicato e do funcionalismo. Hoje, durante a sessão, eu reforcei aquilo que eu tinha dito”, esclareceu.
Bressan ainda falou que seu “mandato não vai ser baseado na mentira, eu não vou mentir para as pessoas. E às vezes é preciso você dizer uma verdade mesmo, que seja dura”. Que não irá usar a luta do “funcionalismo como palanque político”.
“O que eu quis fazer foi levantar a discussão em torno do comprometimento da Folha para que a gente pudesse, juntos pensar em uma saída… prefiro apanhar falando a verdade a ser irresponsável, iludir as pessoas, fazendo um discurso fácil e prometendo aquilo que não é possível entregar”, falou.
Bressan finalizou dizendo que “vai passar quatro anos, de duas uma, ou o governo vai conseguir fazer uma intervenção dura para desonerar a folha e dar um aumento real, ou então vai passar quatro anos e a gente vai ver que sem desoneração da folha nada aconteceu e eu vou poder dizer que eu tinha razão”, concluiu.