Vereador Marcos Paulo acusa Moreira de traição
Vereador Marcos Paulo, que abriu mão da presidência após “traição” de companheiro
A reviravolta na escolha da nova mesa diretora ainda não foi totalmente aceita pelo “Grupo dos 7”, que mantinha a maioria dos votos até a última segunda-feira, dia 15. O vereador Marcos Paulo, que havia sido escolhido para comandar a Casa no biênio 2015/2016, acusou o vereador Moreira (PT) de ter traído “suas convicções próprias”.
Marcos Paulo disse que os sete vereadores tinham dado a palavra que, uma vez decidido, o grupo teria apenas um candidato. “Na segunda-feira a noite, na casa da vereadora Érica, me surpreendi com ele dizendo: ‘olha, eu não vejo a hipótese de ser eleito, mas, se votarem em mim, eu tenho 47 anos e tenho sonho de ser presidente’”.
A postura de Moreira, segundo Marcos Paulo, selou o fim do acordo feito pelos sete. “Eu acho que ele traiu as convicções próprias. Não só a mim. Porque quando você coloca um posicionamento, na minha casa, como se eu fosse o presidente e votaria em mim. Palavra dada não se volta atrás. Acho que ele errou no posicionamento dele”, completou.
Marcos Paulo foi mais além, disse que “só não sou presidente hoje porque o vereador Waines Moreira não cumpriu com o que estava sendo combinado. Por isso retirei minha candidatura”. O vereador reafirmou que “sempre manteve uma coerência política” ao apoiar o prefeito Fernando Fernandes. “Sou base do governo, sempre votei a favor dos projetos do governo e em todos momentos críticos estive ao lado do prefeito”.
Entenda o caso
Para entender mais esse imbróglio na disputa pela presidência da Câmara é preciso recordar que no dia 4 de dezembro os vereadores Marcos Paulo, Ronaldo Onishi, Cido, Érica Franquini, Luis Lune, Luzia Aprígio e o próprio Moreira, convocaram a imprensa para reafirmar que o grupo, que tinha a maioria, havia escolhido o vereador Marcos Paulo para presidir a Câmara.
Exatos 12 dias depois, o Grupo dos 7 ruiu após Moreira ter afirmado que, caso recebesse seis votos do outro grupo de vereadores, votaria em si mesmo, tornando-se presidente da Casa. Os vereadores se sentiram traídos com a posição do petista e passaram a negociar a presidência com os outros parlamentares.
“Se aparecer esses voto, e só depender do meu, eu viro presidente, claro. Quando se vota em você mesmo, eu acredito que isso não é traição, se em uma situação dessas eu não votasse em mim, isso seria trair o meu mandato, os meus eleitores”, disse horas antes da votação ao Portal O Taboanense.