Vereadores de Taboão da Serra criticam atendimento do HGP e pedem saída da SPDM
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Na sessão da Câmara Municipal de Taboão da Serra, na última terça-feira, dia 14, diversos vereadores se manifestaram sobre a situação do Hospital Geral de Pirajussara (HGP). Administrado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), os parlamentares criticaram a demora da gestora em arrumar o aparelho de tomografia, quebrado há semanas, também falaram do descaso no atendimento aos munícipes, hospital sucateado e a retirada de várias especialidades, inclusive cirurgia de cataratas.
Segundo os parlamentares, “existe uma má vontade” por parte da SPDM em atender a população taboanense, eles acreditam que a situação piorou, após a empresa ter o contrato rescindido pela Prefeitura de Taboão da Serra em fevereiro deste ano.
O assunto foi levado ao plenário, inicialmente, pelo vereador Anderson Nóbrega, que não poupou críticas a SPDM e pediu a saída da gestora da administração do hospital. “Tenho informações que a SPDM, o Hospital Geral está impedindo, negando vagas para os nossos munícipes por causa de birra, porque a empresa perdeu o contrato na cidade. Uma empresa que fazia um serviço fraquíssimo, está com o tomógrafo quebrado e está dificultando o trabalho da ambulância, das pessoas que trabalham na remoção dos pacientes da nossa cidade. Está demorando cinco, seis horas para atender o povo de Taboão da Serra. Eles têm obrigações contratuais, precisa ser revisto de forma rápida. A empresa tem que arrumar esse aparelho que é tão importante para o povo”, discursou.
Nóbrega completou. “Não dá para ser mais desrespeitado pelo Hospital Geral e nem por essa empresa SPDM, que faz um serviço ruim, que o governador Tarcísio de Freitas possa retirar essa empresa do estado de São Paulo, assim como o prefeito Aprígio fez em Taboão da Serra e já está tendo melhoras com a nova empresa”, concluiu.
O vereador Ronaldo Onishi, além de pedir o concerto urgente do tomógrafo, também criticou e pediu a volta das especialidades e cirurgias de catarata, que deixaram de ser atendidas no HGP pelo ex-governador de São Paulo. Inclusive, o político encaminhou um ofício ao governo do Estado, com as demandas.
“Faço um apelo para o governador Tarcísio de Freitas, para que retorne as especialidades que foram tiradas no governo anterior como oftalmologia, fisioterapia e dermatologia, e que retorne as operações de catarata, precisam voltar de forma urgente. O povo da região está sofrendo… É imperativo que essas especialidades voltem”, falou.
Sobre o tomógrafo, Onishi também pediu urgência. “O tomógrafo está quebrado e os moradores da região estão precisando ser removidos para outras cidades. E essas remoções são longas, é uma falta de empatia essa situação”.
Os vereadores Sandro Ayres, enfermeiro Rodney, Alex Bodinho, Érica Franquini, Joice Silva e o presidente da Casa, André Egydio, também utilizaram a tribuna para pedir mudanças na gestão do HGP e o conserto urgente do tomógrafo.
“Vim falar do HGP, da SPDM, do mau serviço prestado, das pessoas que nos solicitaram ajuda, nos solicitaram socorro com diversas cirurgias sendo canceladas. Pessoas idosas, jovens aguardando por cirurgia. É lamentável que a população esteja passando por essa humilhação. Apresento um voto de repúdio à SPDM para que o governador tome uma atitude. É uma vergonha nossa população passar por isso, não está no nosso alcance, porque é o Estado que administra. Mas vamos marcar uma audiência para a troca dessa empresa e que resolvam o problema da tomografia”, reforçou Joice Silva.
O presidente da Câmara Municipal, André Egydio disse que a saúde de Taboão da Serra depende do HGP. “Antes, quando a SPDM estava aqui [na gestão municipal], tínhamos porta aberta. Agora temos dificuldade. Não podemos ficar na dependência da SPDM, já se faz tarde ela sai de lá. Essa empresa está dificultando a vida da população de Embu das Artes e Taboão da Serra. É só ver a diferença no atendimento do HGIS (Hospital Geral de Itapecerica da Serra). Temos que pensar em ter até uma ressonância aqui. Vamos conversar com o prefeito para esses ajustes”.