Viação Pirajuçara substitui ponto de ônibus destruído por motorista embriagado
Abrigo de ônibus foi comprado e instalado pela Viação Pirajuçara; responsabilidade seria da EMTU que não realizou a substituição do ponto destruído há 7 meses
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Na manhã deste sábado dia 13, a Viação Pirajuçara substituiu do abrigo de ônibus da praça Nicola Vivilechio destruído em um acidente de trânsito em setembro do ano passado. A responsabilidade pela troca seria da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) que em sete meses de cobrança não instalou o novo ponto.
Segundo a Viação Pirajuçara, apesar da substituição do abrigo não ser sua responsabilidade, a empresa realizou a troca em respeito ao usuário de suas linhas. A instalação foi realizada pelos funcionários da própria empresa. “Temos que agradecer muito a nossa equipe de manutenção e a Semutrans e o secretário Gerson Brito, que nos ajudou a instalar o ponto com segurança. Nós estávamos acompanhando os históricos e a situação se esbarrava na burocracia, a própria empresa assumiu os custos e essa página já foi virada”, disse Jackson Lucas, responsável pelo planejamento da empresa.
De acordo com Gerson Brito, secretário de Trânsito e Transporte, “desde o acidente no local, a nossa secretaria oficiou a EMTU e a Arteris, objetivando o reparo do abrigo destruído, e , após muita insistência e intervenção da nossa administração, a Viação Pirajuçara, que também é concessionária do transporte coletivo intermunicipal, teve bom senso e substituiu o ponto, por outro mais moderno. Agora a população pode contar com um pouco mais de conforto, incluindo as melhorias que implantamos no local”.
Durante esses sete meses em que os usuários ficaram expostos ao sol e chuva, a EMTU disse apenas que considerava importante e priorizava estudos desenvolvidos para instalação de abrigos nos pontos de parada da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). “A parada em questão será considerada na análise dos projetos”, limitou-se a dizer a empresa em nota.
Em pelo menos três reportagens o Portal O Taboanense ouviu passageiros que se mostraram revoltados com a situação que piorou ainda mais durante o verão. Além do sol forte que castiga os usuários, as pancadas de chuvas típicas desse período tornou a espera dos ônibus um verdadeiro sofrimento.
Para Clayton Novaes, de 22 anos, morador do Jd. Maria Rosa, a falta de abrigo é irresponsabilidade da empresa. “Pagamos caro pelos ônibus, acabou de ter um aumento acima da inflação e a EMTU não instala dois pontos pra gente se abrigar? É desumano, olha esse sol, cheio de idosos, crianças de colo aqui”, lamenta o estudante de publicidade.
O torneiro mecânico Glauber de Assis Aquino classifica a situação como “irreal”. “Pego ônibus todos os dias aqui e não entendo como uma cidade desse tamanho não consegue instalar um simples abrigo para os passageiros, não dá pra acreditar nisso. Não é favor, é obrigação”, disse.
Relembre o caso
Um grave acidente na madrugada do dia 16 de setembro de 2018 na região central de Taboão da Serra deixou o ponto de ônibus da praça Nicola Vivilechio completamente destruído. Segundo informações, o motorista de um Hyundai i30 preto, placa ENR 8690 de São Paulo, perdeu o controle e colidiu com violência contra a parada de ônibus. Ninguém ficou ferido.
De acordo com testemunhas, o motorista vinha pela rodovia Régis Bittencourt na pista sentido São Paulo quando perdeu o controle do veículo que subiu na calçada, derrubando o ponto de ônibus. Com a violência do impacto, o carro tombou e voltou para a via. Apesar da gravidade do acidente, o motorista fugiu do local sem receber atendimento do Corpo de Bombeiros.
Segundo o secretário de transporte e mobilidade urbana de Taboão da Serra, Gerson Brito, o ponto de ônibus destruído no acidente é intermunicipal e, portanto, de responsabilidade da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).
“Nós [prefeitura] fizemos toda proteção para evitar outros acidentes, mas quem vai resolver essa situação, reparar o equipamento, é a EMTU, que é a responsável pelo ponto. Já estamos entrando em contato para pedir celeridade nesse caso”, afirmou o secretário.