ViaQuatro planeja ligação de ônibus entre Taboão da Serra em futura estação Vila Sônia do Metrô
Presidente da ViaQuatro, Luís Valença, disse que ainda não foi definido impasse entre empresa e Governo do Estado sobre desequilíbrio econômico por causa de atrasos de obras
Por Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes do site Diário dos Transporte
Durante encontro com portais de mobilidade na noite da última terça-feira, 19, do qual o Diário do Transporte participou, Luís Valença confirmou que após a conclusão da estação Vila Sônia, prevista entre 2020 e 2021, a ViaQuatro vai operar a ligação até Taboão da Serra com ônibus articulados.
A transferência entre o metrô e os ônibus da ViaQuatro será gratuita e diversas linhas intermunicipais gerenciadas pela EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos vão ser unificadas e devem seguir até a Vila Sônia, não se estendendo mais até Morumbi, por exemplo.
A ViaQuatro não definiu ainda se vai comprar os ônibus ou se vai contratar uma empresa.
Luís Valença reconheceu que a experiência do Grupo Ruas, que detém ônibus municipais em São Paulo e 15% de participação na ViaQuatro, deve contribuir para esta operação.
“Eles [Grupo RuasInvest] entendem desse negócio. Nós estamos ainda na etapa de preparar esta operação de ônibus. Temos duas opções, ou ter frota própria, com manutenção e funcionários próprios, ou usar um terceiro por causa da escala. Vamos começar com uma operação muito pequena, a gente está ainda para tomar esta decisão.
Se a gente for usar um terceiro, seguramente que o nosso acionista [Ruas] que entende desse assunto, alguma contribuição importante vai vir daí.” – disse o presidente da ViaQuatro que ainda acrescentou que o serviço não será um sistema convencional de ônibus, mas vai ser uma extensão do metrô.
A empresa estuda se haverá paradas destes ônibus durante o trajeto, o que “provavelmente deve ocorrer”.
Luís Valença disse também que ainda não está definido quando vai sair do papel a Fase 3 da Linha 4, ou seja, trilhos até Taboão da Serra, mas que se isso ocorrer, a operação será da empresa.
“Se tiver a Fase 3 até Taboão, obrigatoriamente a concessionária tem de assumir a operação desse trecho novo até porque não haveria sentido ser de outra forma [com o Metrô estatal operando um pequeno trecho] , mas é explícito isso no contrato. Naturalmente, se a gente precisar de mais trens, vai fazer mais sentido que a concessionária compre estes trens adicionais, mas nem isso está ajustado no contrato hoje, só está previsto que se expandir por trilho, nós vamos operar” – disse
Não há previsão ainda de trilhos até Taboão da Serra.